O dólar frente ao real

Exatamente que você leu, o dólar frente ao real o cenário externo segue adverso pelo fortalecimento do dólar e movimento de aversão ao risco.

E, de outro, o risco fiscal doméstico segue elevado pelos gastos extra teto expressivos às vésperas das eleições. Nos últimos dias, o dólar vem renovando as máximas dos últimos 6 meses. E ontem ele superou os R$ 5,50.

Desde o início da pandemia do coronavírus em Fevereiro de 2020, o real perdeu quase 22% de seu valor frente ao dólar e o limite “psicológico” de R$ 4 por dólar ficou para trás.

Nos últimos três meses, no entanto, o real havia revertido a queda, valorizando-se em 5,6% ante a moeda americana. Veio novo “baque” com a interferência do presidente Jair Bolsonaro no comando da Petrobras ao indicar o general Joaquim Silva e Luna como presidente da estatal.

Efeitos Internos

Em Março de 2021, a BBC se uniu a FGV em um estudo para comparar a desvalorização do Real, em um momento que diversas moedas (de países emergentes) ganharam força perante o Dólar. Toda a flutuação e desvalorização se deve principalmente a questões internas: risco fiscal, as incertezas sobre a trajetória da dívida pública brasileira, a não aprovação de reformas importantes.

Contudo, a tensão entre os Poderes Executivo e Judiciário também acaba por elevar os prêmios de risco e investidores estrangeiros seguem retirando recursos da bolsa brasileira.

Efeitos da Pandemia

Com os auxílios na pandemia, o governo expandiu gastos e o déficit nas contas do tesouro, de R$ 743 bilhões, ajudou a aumentar a dívida pública, que está em 89,3% do PIB em um ano. E o governo precisará pagar 57% dessa fatura, de R$ 1,4 trilhão.

Em suma, o cenário para taxa de câmbio segue de alta volatilidade no curto prazo, porém continuamos vislumbrando um maior número de vetores de depreciação da moeda (dólar forte e elevação do risco fiscal, principalmente) do que vetores de apreciação (diferencial de juros)”, afirmam.

Enquanto o Índice Bovespa ultrapassou os 99 mil pontos

Agora, além da perspectiva de retomada macroeconômica, a bolsa brasileira fica barata para os investidores globais. E o mesmo vale para os produtos brasileiros, que ficam mais baratos, o que deve mostrar um retorno positivo para a balança comercial.

Com tensões globais e uma moeda mais barata, o Brasil deve ser refúgio emergente estratégico mundial.

Assim, com mais atividade econômica, a arrecadação do Governo Federal subiu 18% e bateu recorde ao atingir R$ 181 bilhões em junho, segundo a Receita Federal.

Segurança é um dos principais pilares do banco digital. As propostas de bancos digitais são muito práticas e ousadas, além de haver uma concorrência de longa data com as grandes e legadas marcas que existem no mundo.

Essa retomada vem em um momento interessante, onde a União Europeia sofre com a tensão do abalo econômico causado pela Ucrânia, além de o Banco Central Europeu (BCE), na tentativa de conter a inflação do continente, ter ajustado mais 0,50 pontos a taxa básica de juros europeia.

Claro que o ajuste foi maior do que o mercado previa, mas as dívidas dos países europeus com o Bloco são as mais impactadas.

A Dúvida do Investidor

Por todos os motivos listados acima, é provável que teto dos gastos públicos aprovado em 2016 seja descumprido em 2021 e isso preocupa os investidores, causando saída de investimentos do país e impactando diretamente o Real frente ao Dólar.

Portanto, o que fica de análise é o benefício do Brasil, com moedas globais mais fortes e que, mesmo com uma tensão, o ajuste da zona Euro surpreendeu o mercado que previa 0,25 e o ajuste foi de 0,50. Seria a sobrevida do Euro frente ao dólar?