Se há algumas décadas telefone era coisa rara, usado para fazer algumas ligações e receber chamadas, hoje em dia é quase impossível estar em algum lugar e não ter ninguém atualizando as redes sociais e acompanhando as novidades que elas trazem. Os números, inclusive, mostram qual a relação do brasileiro com essas novas plataformas, e especialistas concordam que essa é uma tendência dos nossos tempos. O que pode ser bom ou pode ser preocupante.
Para se ter ideia, em janeiro deste ano, o Brasil tinha 171,5 milhões de usuários de mídias sociais, representando pelo menos 79,9% de toda a população, segundo dados do Relatório de Visão Geral Global Digital 2022 da We Are Social e Hootsuite. As mais usadas pelos brasileiros são WhatsApp, Instagram, Facebook e Tik Tok. Veja ranking:
WhatsApp, Instagram, Facebook e Tik Tok lideram o ranking das mais utilizadas
Caminho até 2022
Mas antes de chegarmos a 2022, é preciso olhar para o passado e entender como essa onda começou a ser formada. Os mais novos podem achar que tudo começou com o Orkut, rede social criada em 2004 e que virou febre no país.
Porém, João Finamor, professor de Marketing Digital da ESPM de Porto Alegre (RS), conta que, antes mesmo desse movimento, já estávamos em rede social digital por volta de 1996, com o ICQ, programa de conversa instantânea, e depois com o sistema mIRC, em que também era possível encaminhar mensagens.
“O que o Orkut mais para frente trouxe foi o senso de comunidade, de grupo, de pertencimento. Entendemos que um marco no Brasil em questão de mídias sociais começa quando elas se relacionam em plataformas digitais. E o Orkut traz algo que nos EUA era muito forte, com o MySpace: pessoa reunidas sobre algum assunto”, explica o professor.
Por isso, João comenta que desde o final dos anos 1990, é possível notar um protagonismo dessas redes em nossas vidas: passando pelas amizades virtuais formadas no início do século e chegando ao cotidiano mais simples. “Mudou completamente a forma. Os lugares hoje são ‘instagramáveis’. Um prato é pensado com estética para ser publicado. As pessoas se agrupam para fazer uma selfie e postar nos stories. Houve mudança no on-line e no off-line”, exemplifica o docente da ESPM.
O mesmo é sentido por Caio Cesar Oliveira, professor de Comunicação e Cultura Digital da PUC Minas. Segundo ele, a presença das plataformas já está nas tarefas mais corriqueiras e foi impulsionada, inclusive, pela pandemia de Covid-19. Oliveira cita o caso de empresas de pequeno e médio porte utilizarem atendimento pelo WhatsApp, o Instagram e até o Facebook.
Analisar como positivo ou negativo o fato de ficarmos presentes nas redes sociais por muito tempo só vai nos fazer sofrer. Acho, no entanto, que é um reflexo de como as pessoas estão ávidas por buscar informações e obviamente por interagir. Entretanto, há uma questão que antecede o uso que é a questão da educação e da formação de uma visão crítica da audiência.”
Caio Cesar Oliveira, professor de Comunicação e Cultura Digital da PUC Minas
Distorção de imagem é marca desse tempo
Do uso de filtros até as cirurgias plásticas para conseguir se ver melhor nas telas. Pode parecer bobagem, mas esse também é um retrato dos tempos atuais. Para lembrar: no auge da pandemia de Covid-19, quando o teletrabalho foi adotado por diversas instituições para assegurar seus trabalhadores, o ‘Efeito Zoom’ foi sentido nos consultórios brasileiros, que é o segundo país que mais realiza esse tipo de intervenção.
Segundo a Isaps (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética), o Brasil ocupava a segunda colocação no ranking, com 13,1% de todos os procedimentos cirúrgicos realizados no mundo, liderado pelos EUA, que respondem por 15,9% das operações em todo o globo. Também são esses os países que mais têm profissionais qualificados, respondendo, juntos, por 25% de todos os cirurgiões do planeta.
Em entrevista ao Inset, o médico dermatologista e proprietário da Clínica da Pele, Rodrigo Maia, chegou a dizer que a cultura do Instagram, que tenta promover uma forma perfeita, impacta negativamente na autoimagem do usuário que passa algum tempo na rede social. “Essa pessoa, contudo, acaba por buscar transformações que não vão trazer felicidade”, falou Maia.
Lembrando o uso dos filtros, o professor de Psicologia da Estácio Belo Horizonte, Thales Vianna Coutinho, acrescenta que colocar uma camada de efeitos em sua imagem não resolve o problema de não conseguir se reconhecer nas telas. “Isso, por si só, aflora uma série de angústias importantes que podem, inclusive, predizer a instalação de alguma doença mental, como a depressão”.
Visão crítica
Para fora das telas, o docente ainda alerta que as redes, quando usadas de maneira indiscriminada, podem comprometer momentos importantes da vida “off-line”. Ele exemplifica como a presença do celular sobre a mesa, que se relacionada com a redução do nível de satisfação das pessoas durante um jantar, provocando uma “concorrência” de atenção.
Além disso, nas redes sociais as pessoas têm a ilusão de liberdade irrestrita. Isso faz com que elas se manifestem de forma que não fariam na vida fora das redes. Como amigos e familiares geralmente nos seguem nas redes sociais, acabam entrando em contato com esse lado mais sombrio da nossa mente, o que pode fazer com que o relacionamento fique abalado.”
Thales Vianna Coutinho, professor do curso de Psicologia da Estácio Belo Horizonte
Já para o professor da PUC Minas Caio Cesar Oliveira, é importante ressaltar a necessidade de reflexão a respeito do nosso papel nessas plataformas. De acordo com ele, é necessário desenvolver a capacidade crítica antes de repassar informações, por exemplo. “Precisamos nos educar para interagir com outras pessoas nesses espaços, porque é muito fácil observar o desenvolvimento de comportamentos agressivos e não-civis”.
Ele ainda lembra que essas plataformas vivem de publicidade, vendida e exibida nos feeds, e por isso dependem que os usuários estejam ali por muito tempo. Para garantir, conteúdos são selecionados conforme o que as pessoas acabam indicando como de sua preferência.
Consequência são as chamadas bolhas de conteúdo. Só vamos ter acesso a informações relacionadas a assuntos que gostamos. Isso pode ter consequências ruins para o nosso futuro, já que é importante ter acesso a outras visões de mundo que sejam diferentes daquelas que temos ou que gostamos de ver”, finaliza Caio.
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